Análise Transacional: os três aspectos da personalidade humana

Diagrama dos Estados de Ego

O primeiro aspecto da personalidade, Pai, corresponde ao lugar em que se encontram crenças, valores, normas, regras, modelos de conduta, preconceitos e julgamentos. Os principais registros desta parte da personalidade humana são adquiridos na infância, provenientes das pessoas que nos educaram: pais, avós, irmãos mais velhos, professores, ou seja, todas as pessoas que exercem influência em nossa infância. É com essa parte da personalidade que julgamos o que é certo ou errado. São, pois, os valores e as crenças que influenciam nossas decisões.

O segundo aspecto da personalidade humana, Adulto, funciona como se fosse um computador, pois faz a análise do que acontece em cada momento. Por essa razão, busca informações, atualiza-se, pensa em probabilidades, compara informações, pensa em alternativas e escolhe as que são mais adequadas. Podemos dizer que essa é parte da personalidade humana que faz contato com o que ocorre “no aqui e agora”, favorecendo as escolhas adequadas.

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A terceira parte, Criança, equivale ao lugar em que se situam os sentimentos e as emoções. São expressões de comportamentos semelhantes aos da infância, também é onde se encontram a intuição, a criatividade e a espontaneidade.

Esses três aspectos da personalidade funcionam de maneira saudável quando integrados e utilizados de forma adequada diante de uma situação como nos seguintes exemplos: O pai, ao perceber que seu filho vai colocar a mão na tomada de energia, alerta-o do perigo, diz-lhe que é perigoso levar um choque ao colocar a mão na tomada, não permitindo que o filho se exponha ao risco. Ou ainda, um gerente identifica que sua equipe não está seguindo as normas de segurança da empresa, não utilizando Equipamento de Proteção Individual (EPI). Para intervir, ele convoca sua equipe para uma reunião, reapresenta as normas de segurança, explicando os motivos da utilização dos equipamentos de segurança e o que pode ocorrer caso os membros da equipe não façam o uso correto.

Perceba que nos dois exemplos foi utilizado o Estado de Ego Pai para lidar, de maneira adequada, em cada uma das circunstâncias. Diante da situação de perigo em ambos os exemplos, a forma ideal é a de orientação e de esclarecimentos sobre as consequências.

Observe outras situações: Diante de uma dúvida sobre o pagamento de uma despesa familiar, o marido pergunta à sua esposa se a conta de energia foi paga. A esposa, prontamente, responde que a conta foi paga, dizendo quando e o valor. Ou então, um funcionário, diante de uma dúvida, pergunta a um colega de trabalho a forma adequada de fazer determinado relatório. Seu colega apresenta, de forma prestativa, todas as etapas de elaboração do referido relatório.

Nesses dois casos, foi utilizado o Estado de Ego Adulto, uma vez que o necessário e adequado para cada ocasião se resume no ato de solicitar algo e dar informações.

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Agora, veja outros episódios, nos quais é adequado o uso do Estado de Ego Criança: Um jovem acaba de receber a informação de que passou no vestibular de uma faculdade que desejava muito. Seus pais lhe dão um abraço e, juntos e com muita euforia, comemoram o momento de alegria. Ou um gerente, ao receber um relatório com a informação de que sua equipe superou as metas estipuladas, comemora junto com a mesma.

Nas duas situações, o uso do Estado de Ego Criança é adequado, uma vez que, nesse Estado de Ego, encontram-se as emoções. Nos dois casos em questão, a alegria.

Dica:

Uma forma de você entender se os Estados de Ego estão sendo utilizados de maneira adequada é perceber se o seu comportamento está coerente à realidade vivida no momento. Por exemplo, você está em uma reunião para análise dos resultados de um projeto. Neste caso, o Estado de Ego Adulto pode dar ótimos resultados, já que a situação necessita de análise e entendimento do que ocorreu com o projeto. Por outro lado, se você comemorar os resultados do mesmo projeto, o Estado de Ego Criança torna-se adequado. Todavia, se você é responsável pelo projeto e necessita esclarecer as novas regras de seu funcionamento, isto é, o que pode ou não ser feito, o Estado de Ego adequado passa a ser o Pai.

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Autor: Luiz Antonio Tiradentes – Administrador, facilitador  de treinamentos e autor do Método Inteligência Comportamental para desenvolvimento de pessoas e equipes.