Muito se tem dito em torno da palavra coaching (pronúncia coutching), o que justifica ela ser vendida e explicada com muitos significados. Alguns dizem que é uma consultoria, outros, um método de instrução e há quem defenda a ideia de espécie de terapia.
De acordo com o conceito, aqui adotado, coaching é uma metodologia utilizada que constitui um instrumental de aprendizagem e de aperfeiçoamento profissional, com foco no desenvolvimento organizacional.
Segundo Rosa Krausz, presidente da Associação Brasileira de Coaching Executivo e Empresarial (Abracem), o coaching executivo proporciona o desenvolvimento da capacidade de aprender a aprender.
Ao vivenciar o processo, o gestor desenvolve a capacidade de autogestão, conscientiza-se e reflete, com mais clareza e ponderação, sobre os impactos de suas decisões, avaliando se estas estão em sintonia com os seus valores e com os da empresa. Isso faz com que o gestor busque novas opções, ou melhor, faça uso de seu potencial para experimentar novas formas de fazer as coisas. Assim, o executivo desenvolve a sensibilidade de refletir sobre suas questões. É nisso que consiste o processo de aprendizagem em coaching executivo: autorreflexão/ação/autorreflexão.
O coaching proporciona desenvolvimento profissional, uma vez que amplia o autoconhecimento, facilita a aprendizagem e eleva a autoconfiança. Desse modo, as pessoas passam a assumir mais responsabilidade por seu desenvolvimento pessoal e se tornam mais conscientes dos impactos de suas ações sobre seus pares, subordinados, superiores, bem como sobre os resultados do negócio. O executivo, enfim, aperfeiçoa sua capacidade de mudança, eleva sua flexibilidade e utilização dos recursos disponíveis.
Ação e resultados são, portanto, o foco do coaching. Ao contar com executivos comprometidos com seu desenvolvimento pessoal, a empresa recebe os benefícios dessa aprendizagem.
O Coaching Executivo é realizado com a média e a alta diretoria, contribuindo para a eficácia das mesmas. Isso porque as pessoas que ocupam posições de liderança tendem a ser modelo para seus colaboradores.
Cabe ressaltar que coaching não cria dependência, haja vista que a pessoa tem condições de resolver suas próprias questões; basta apenas receber o estímulo adequado.
No processo de coaching, devido à sua neutralidade, nenhum tipo de técnica, conhecimento, ideia ou valores são emitidos. Mesmo sendo neutro, o coach, profissional que aplica o processo de coaching, tem o papel de auxiliar o executivo a interpretar suas situações, a fim de que este tenha condições de adotar medidas de ação diante do que percebe ou constata.
É importante destacar que o processo de coaching executivo se dá num ambiente seguro, no qual o executivo tem a liberdade de falar sobre seus planos, seus comportamentos e trocar ideias com um profissional disponível para ouvi-lo e entendê-lo com isenção e com o propósito de contribuir para o seu sucesso.
Autor: Luiz Antonio Tiradentes – Administrador, facilitador de treinamentos e autor do Método Inteligência Comportamental para desenvolvimento de pessoas e equipes.