Liderança

O executivo exerce um poder de influência no ambiente organizacional, uma vez que mobiliza pessoas para atingirem determinado resultado em um negócio. Esse poder de influência pode ser duradouro ou não, dependendo da forma como ele for utilizado. Ou seja, um colaborador pode seguir uma orientação que o executivo lhe apresenta e utilizá-la apenas quando é supervisionado, ou então, seguir a orientação apresentada e incorporá-la em suas práticas de trabalho, sem a necessidade de supervisão.

Como o estilo de liderança do executivo pode contribuir para ambas as situações?

A liderança constitui um fenômeno relacional e só se manifesta por meio do relacionamento humano.

Liderança pressupõe poder e poder pressupõe alguma forma de liderança. Logo, liderança é a prática do poder, qualquer que seja ele e, segundo o tipo de poder que utiliza de modo predominante, pode assumir diferentes expressões.

Estilos de Liderança:

Liderança coercitiva

Líderes coercitivos tendem a abusar do poder que lhes é atribuído no relacionamento com os liderados, impondo, por intermédio de pressão, os seus pontos de vista, fazendo prevalecer suas vontades, seus direitos e levando os liderados a abdicar dos deles.  Por essa razão, atraem liderados que tendem à submissão, falta de assertividade, falta de iniciativa, passividade e alienação.

Liderança controladora

Líderes controladores têm a tendência de se considerarem insubstituíveis. Pelo fato de terem dificuldade de ver o todo, envolvem-se com detalhes, o que gera burocracia, normas e procedimentos excessivos. Para a garantia de sua superioridade sobre os liderados, sonegam informações, competem com os subordinados, não dando a estes oportunidades de demonstrarem capacidades, coibindo, dessa forma, o processo de sucessão. Este estilo  atrai pessoas acomodadas, não dispostas a aceitar desafios, resistentes à mudança, presas a rotinas que subutilizam o seu potencial de desenvolvimento.

Liderança orientadora

A liderança orientadora facilita a criação de uma rede de relacionamentos informais, que aumenta a compreensão e a divulgação dos objetivos e da missão da empresa, podendo levar a uma maior integração dos esforços conjuntos e à diminuição da competição entre pessoas e setores.  Os indivíduos que utilizam esse estilo de liderança são vistos mais como mentores, orientadores, ou até mesmo, como padrinhos, e não como chefes que controlam as pessoas e restringem a atuação destas.

Liderança integradora

O princípio básico da liderança integradora é que todo indivíduo, independente de sua posição na estrutura organizacional, é capaz de contribuir para o alcance dos objetivos, desde que encontre condições que favoreçam sua identificação e envolvimento com os mesmos. Além disso, que sua contribuição seja reconhecida não só por recompensas materiais, mas, principalmente, psicológicas, que possam elevar a sua autoestima e estimular o desenvolvimento de suas potencialidades e de seu livre pensar. Esse estilo também é conhecido como liderança transformadora, na qual duas ou mais pessoas se ligam de tal forma que líderes e seguidores conseguem se elevar, mutuamente, a níveis mais elevados de motivação e moralidade. A liderança transformadora, em última instância, torna-se moral, pois eleva o nível da conduta humana e a aspiração ética do líder e do liderado, provocando, assim, um efeito transformador em ambos.

Autor: Luiz Antonio Tiradentes – Administrador, facilitador de treinamentos e autor do Método Inteligência Comportamental para desenvolvimento de pessoas e equipes.

Referência

KRAUSZ, Rosa. Compartilhando o poder nas organizações. São Paulo: Nobel, 1991.

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