Jogos psicológicos – Exemplo 1

Veja um exemplo prático de Jogos Psicológicos:

José sabe que um estagiário de seu setor ainda não aprendeu fazer um determinado relatório de forma correta e, mesmo tendo esta informação, José solicita que o estagiário elabore o referido relatório sem dar as orientações necessárias e, como esperado, o relatório não foi feito de acordo com as expectativas de José, o que gerou a seguinte comunicação:

  • José: Seu relatório está errado. Não é desta forma que eu queria que você fizesse.
  • Estagiário: Eu pensei que este relatório estivesse correto. É assim que eu sei fazer!
  • José: Se você continuar fazendo as coisas de forma errada, você não vai ficar muito tempo aqui na empresa.
  • Estagiário: Tudo bem, me desculpe.
  • José: É, espero mesmo que você faça de forma correta da próxima vez. Tem muitas pessoas querendo sua vaga.
  • Após isso, o estagiário sai cabisbaixo e José sem o relatório que precisava para avaliar os resultados de seu departamento, o que lhe gera ansiedade e nervosismo.
  • E após alguns minutos, José ainda nervoso por não ter o relatório, comenta com um amigo de trabalho:
  • José: Estes estagiários nunca fazem nada direito. Eles não querem nada com nada.

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Perceba agora, com olhar mais apurado,  o que aconteceu no desenrolar desta interação entre José e o estagiário.

Ao invés de José orientar, ensinar e esclarecer as dúvidas do estagiário, que é o adequado para o momento,  José age para criar uma situação de desentendimento, que neste episódio, de maneira não consciente, era sua finalidade principal. Então, o objetivo não consciente de José não era que o relatório ficasse pronto, e sim gerar uma situação onde ele ficasse nervoso e tivesse justificativas “socialmente aceitas” por algo que não deu certo, eximindo-se de suas responsabilidades.

Isso é percebido quando ele comenta: “Esses estagiários nunca fazem nada direito. Eles não querem nada com nada”. Em sua percepção distorcida da realidade, José acredita ter se isentado da responsabilidade de algo ter dado errado, vitimizando-se e colocando a culpa deste fato em um fator externo, no caso, o estagiário.

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Referência: Karpman, S. B. Contos e Fadas e Análise do Drama dos Scripts, in: Prêmios Eric Berne 1971 – 1997.

Autor: Luiz Antonio Tiradentes – Administrador e Analista Transacional Certificado.

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