Clima organizacional saudável

Fator crítico de sucesso para longevidade dos negócios

Nas empresas, de modo geral, há predominância de dois conjuntos de comportamentos, influenciados pela maneira como as pessoas agem, relacionam-se e tomam decisões, o que interfere na produtividade das equipes e resultados do negócio. Por conseguinte, no estabelecimento do clima organizacional, que pode ser saudável ou não, dependendo do nível de desenvolvimento dos indivíduos e disposição à aprendizagem.

Controle emocional, resiliência, ações derivadas de pensamentos lógicos e coerentes, comunicação assertiva, foco, comprometimento, disposição para resolver problemas são exemplos de comportamentos que estimulam espaços de trabalho produtivo e criativo, potencializado por líderes integradores e inspiradores.

Para dar condições às equipes de uma performance elevada, o ambiente favorável deve ser mobilizado e fortalecido por líderes que acreditam no crescimento da empresa a partir do crescimento do ser humano.  São empresários, gerentes supervisores, ou seja, gestores conscientes da importância de promoção do desenvolvimento de equipes para aumento da eficácia do negócio. 

Por outro lado, empresas com predominância de impaciência, ansiedade, intolerância, conflitos interpessoais desnecessários, fofocas, reclamações sem fundamento, falta de cumprimento de acordos e iniciativas, como também, baixo comprometimento, conduzidas por lideranças coercitivas, autoritárias e imaturas, tendem a perder eficiência. 

Além do mais, em mercados competitivos e de rápidas mudanças, são necessárias soluções inovadoras e criativas para que adaptações das estratégias do negócio se efetivem nos mais diferentes cenários. Sem dúvida, isso só é possível por meio de comportamentos e atitudes humanas.

Embora seja um tema subjetivo para mensurar indicadores, o investimento no desenvolvimento humano é o que sustenta o negócio a fim de mantê-lo ajustado ao mercado, o que é fundamentado por estudos. Um exemplo é o artigo publicado pela revista Harward Business Review, no período de janeiro/fevereiro de 2012, o qual revela dados de uma pesquisa, afirmando que pessoas felizes produzem 31% mais que as infelizes e que a criatividade, sob efeito da felicidade, costuma ser três vezes maior.  Outro dado é proveniente do instituto GPTW (Great Place to Work Institute), que pesquisa sobre as melhores empresas para trabalhar, indicando que estas também são as mais rentáveis do mercado.

A disposição dos indivíduos, iniciando pelos líderes, relativa à consciência da interferência de seus comportamentos no clima organizacional e nos resultados do negócio, constitui o ponto de partida para análise da obtenção de respostas coerentes ao que é esperado quanto às funções e às diretrizes organizacionais. Entretanto, a mudança de comportamentos ocorre a partir da disponibilidade para o aprendizado.

O ser humano tem a seu dispor a capacidade de pensar e analisar sobre o que faz, perceber causas e consequências, chegar a insights  e planejar novas formas de agir, coerentes com objetivos pessoais, profissionais e  organizacionais. Tais formas de raciocínio e comportamento geram aprendizagem e resultados consistentes. 

Sob o mesmo ponto de vista, Peter Drucker, considerado o pai da Administração moderna, enfatiza que, para um indivíduo permanecer eficaz, em períodos de mudança, durante longos anos, é necessário assumir responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento. Este é um ponto importante: ao mesmo tempo em que a empresa disponibiliza espaço para crescimento pessoal, é fundamental que haja contrapartida.

Em síntese, o clima organizacional saudável é um fator crítico de sucesso à longevidade dos negócios. Este deve ser formado por pessoas que se permitem desenvolver continuamente, mobilizadas por lideranças capazes de orientar as equipes, a fim de obterem resultados efetivos, bem como sustentado por comportamentos e atitudes coerentes, alinhados às diretrizes do negócio. A resposta a esse clima é a satisfação dos colaboradores, o engajamento em propósitos e o aumento da eficácia organizacional.

Autor: Luiz Antonio Tiradentes – Administrador, facilitador  de treinamentos e autor do Método Inteligência Comportamental para desenvolvimento de pessoas e equipes.

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